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domingo, 15 de agosto de 2010

O que Yip Man ensinou-me sobre a velocidade

Relato do Mestre Duncan Leung criador do sistema Applied Wing Chun.

Recentemente um conhecido me deu uma cópia do Qigong / Kung Fu Magazine, de Março de 1999, que trazia um artigo escrito por Mestre Ron Heimberger. Meu amigo não entendeu muito bem os princípios que o Mestre Heimberger estava tentando elucidar e por causa da minha experiência como aluno privado de Yip Man, e meu envolvimento subseqüente em Wing Chun Kung Fu, ele pensou que eu poderia ser capaz de lançar alguma luz sobre o assunto. Peço a indulgência do leitor para a minha tentativa de explicar o que Yip Man ensinou-me.

Desde o meu Inglês não é muito bom, eu li o artigo várias vezes. Fiquei feliz que Mestre Heimberger gentilmente toma parte de seu tempo para educar o público. Se todos os instrutores de Wing Chun tivessem uma mente aberta, como ele, passível de razão, e estivessem dispostos a ir para a dificuldade de explicar suas idéias e experiências com os outros, estou certo de que iria beneficiar todos os interessados na arte. No entanto, existem algumas partes do artigo do Mestre Heimberger com a qual eu não concordo. Alguns pontos que o autor faz é um tanto obscura para mim, especialmente suas referências a Jacob Bronowski e Albert Einstein. Por exemplo, Mestre Heimberger menciona que Bronowski - comentando sobre a Segunda Lei de Newton do movimento - disse que a força é igual a massa vezes aceleração ao quadrado. Isso me confunde, pois, como eu o entendo, Segunda Lei de Newton afirma que SF = ma, que não aceleração quadrados.

Como o Sr. Heimberger discute velocidade em Wing Chun, eu gostaria de ter a liberdade de compartilhar a minha interpretação dos princípios e teorias sobre a velocidade com base no que Sifu Yip Man ensinou a mim e na minha própria experiência. Naturalmente, o que eu escrevo aqui é filtrado através das minhas próprias percepções e preconceitos, eu certamente não tenho a pretensão de falar das famílias Wing Chun, e gostaria de receber a correção que é oferecido. A minha esperança é que muitos membros Wing Chun irá compartilhar suas idéias com todos nós, não importa o que eles aprenderam. A experiência de usar o Wing Chun e suas técnicas de luta é o que conta. Afinal, nenhuma luta é a mesma. Nós podemos sempre aprender algo novo, ganhando ou perdendo e descobrir algo de cada encontro.

O que faz o estilo Wing Chun tão interessante é que a pessoa não tem que confiar na constituição física (porte físico), mas em uma seqüência lógica de movimentos econômicos. Certamente, a velocidade é extremamente importante na luta. Entretanto, não importa o quão difícil se treina, há quanto tempo trabalha para melhorar, sempre há limitações físicas. Você sempre pode encontrar alguém mais rápido do que você. Algumas pessoas simplesmente nasceram com mais talento. Wing Chun permite a possibilidade de superar o adversário superior inerente uma velocidade, aplicando os princípios da arte. Yip Man ensinou que no Wing Chun, há vários tipos de velocidade. Se você não consegue superar o seu adversário com um tipo de velocidade, você pode vencê-lo com outro. Em outras palavras, se você pode aplicar a teoria da velocidade do Wing Chun, você pode realmente tornar-se mais rápido. Neste sentido, existem quatro áreas de interesse:

1. VELOCIDADE DA VIAGEM: Este é o tipo de velocidade que normalmente se referem, ou seja, um soco ou chute, a velocidade que a velocidade pode ser calculada em metros por segundo. Com a prática consistente, melhora gradualmente a velocidade do movimento.

2. VELOCIDADE DE DISTÂNCIA: A teoria do Wing Chun em linha reta, simplesmente, que uma linha reta entre dois pontos é a distância mais curta. Portanto, perfurando em linha reta é mais curto e mais rápido do que um soco gancho ou um swing. Para trazer seu pé com um roundhouse kick (chute giratorio tipicamente usado por Chuck Norris) na cabeça de um adversário cobrir uma distância maior, ou seja, é mais rápido um soco curto na cabeça. É o mesmo que tentar dar um soco na canela, ou seja, é muito mais curto e mais rápido para chutar a canela. Para usar uma analogia: se você e eu estamos ambos na frente de um prédio e fizer uma corrida até a porta de volta e você ir ao redor do edifício, enquanto eu vou direto no prédio pela porta da frente para a porta de trás, você pode ser o corredor mais rápido, mas pode chegar lá antes de você, porque eu tenho menos distância a percorrer.

3. VELOCIDADE DE PRONTIDÃO: A partir de uma posição ereta em repouso, quando se tenta dar um soco forte ou tenta chutar com força, é típico erguer a perna ou o braço antes de executar o movimento. Mostrando todo o movimento antes e isso faz perder um precioso tempo no movimento. No Wing Chun, o poder não é gerado apenas pelo movimento da mão ou do pé, por isso não há necessidade de ergue-se. Usa-se o outro lado do corpo para puxar de volta o soco ou chute simultaneamente. Por exemplo, se um vai jogar um soco esquerdo, inicia uma potência puxando o braço direito e ombro para trás tão rápido quanto ele ou ela puder isso é quase o mesmo que socar com a esquerda também e ao mesmo tempo.

4. VELOCIDADE DE REAÇÃO: Em geral, as pessoas passam mais tempo praticando outras técnicas em suas formas sozinho, até que eles são muito boas técnicas, mas em um combate real a aplicação é ineficaz. Isto é como aprender a andar de bicicleta, sentando em uma cadeira e mover as pernas e os braços, simulando a experiência de bicicleta. Quando essa pessoa realmente tenta montar na bicicleta, ele ou ela certamente irá cair. Isso ocorre porque os reflexos e sensação de equilíbrio não foram desenvolvidos. Yip Man costumava dizer que se você quer aprender a nadar, tem que ir para a água, não apenas mover seus braços e pernas e pensar que você é um nadador. A luta exige pelo menos duas pessoas. Você pode treinar e lutar com você mesmo durante todo o dia, mas se você aplicar as técnicas com outra pessoa, você não irá muito longe.

Wing Chun possui apenas três formas. Depois de aprender e compreender a primeira forma, treina Chi Sau, que exige que duas pessoas, e a partir do qual se desenvolve o sentimento de contato e reflexo. Depois, há os exercícios técnica que também tem duas pessoas. Quando você trabalha com os exercícios mais e mais, mês e mês, eles se tornam hábito uma segunda natureza. Quando o ataque vem você vai reagir sem pensar. Lutando acontece tão rápido e você pode ficar chateada, com raiva, despreparados ou mesmo medo e não há tempo para pensar.

Essas são as teorias de Wing Chun velocidade que eu aprendi de Yip Man.

SiFu Duncan Leung


Jocerlan Brandão

Iniciei no Wing Chun com 16 anos em treinamentos informais no bairro do jacintinho, tendo também treinado outros estilos de artes marciais em períodos não menores que dois anos e em ambos tendo conquistado graduações intermediarias.

Mas sempre mantive meus treinos em Wing Chun como sendo prioritários, fosse com amigos ou insistindo para o professor que na época também sofreu com problemas de autenticação de professores que ensinavam sem terem permissão nem seguirem uma família especifica no estilo, e sempre éramos forçados a rever tudo ou então começar do zero, problema esse muito comum com diversos estilos no estado de Alagoas em meados de 1990 a 1998, mas facilmente evitado nos dias atuais graças a internet, pois hoje facilmente podemos conhecer os professores e seus representantes e assim podemos poupar tempo e dinheiro evitando treinar com gente sem reconhecimento.

Em 2009 depois de 2 anos praticamente afastado do Wing Chun, conheci, voltei a treinar e adquiri minha graduação devidamente reconhecida em São Paulo com o meu Sifu Marcelo Florentino, e como discípulo dele eu represento a Applied Wing Chun Kung Fu no estado de Alagoas.

Hoje me dedico a mudar esse quadro de incerteza deixado pelos péssimos professores do passado em meu estado, ensinando de forma limpa e transparente esse que sem duvidas é um dos mais eficientes estilos de kung fu do mundo.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Os ossos precisam de alimentação, sol e impacto

Excelente artigo sobre como cuidar dos seus ossos e dessa maneira evitar doenças relacionadas, apesar de ser o artigo voltado para um grupo distinto o informa é fundamental para qualquer faixa etária, sempre lembrando que antes de iniciar uma atividade física especialmente na área de arte marciais confira a formação e procedência do professor para evitar problemas para sua saúde, boa leitura.

A vez do leitor - Gostei da matéria passada sobre os benefícios do sol principalmente porque você não disse, como em todo mundo fala, que sol é só até as dez ou depois das quatro horas. A dica dos cachorros eu achei ótima e coerente. Como você falou da osteoporose gostaria que aprofundasse mais porque acho também um assunto ainda cercado de muitas verdades e mentiras principalmente quanto à exercício de impacto. Por exemplo, o impacto da hidroginástica é suficiente como se fala? Marco Antônio.

Amigo leitor - Você tem razão quando sugere ser esse assunto ainda muito polêmico. Entretanto, alguns fatores já são bem estabelecidos e comprovados pela ciência quando se fala em ganho de massa óssea, como por exemplo, as ações da gravidade e a muscular. São dois fatores distintos sendo o primeiro mais importante face algumas pesquisas citadas em artigos médicos: "Pessoas acamadas, mesmo realizando 4 horas diárias de exercício intenso em ciclo ergômetro, deitado de costas, não conseguiram reverter a perda óssea decorrente da inatividade. Por outro lado, pessoas nas mesmas condições, que conseguiram apenas ficar de pé por três horas diárias, impediram a perda óssea".

Nas missões espaciais, um dos problemas enfrentados tem sido a perda de massa óssea por falta da gravidade e fazer exercício nessas condições não tem sido a solução.

No caso da hidroginástica, existem trabalhos em piscinas rasas, mostrando que o impacto gerado com a água na altura do meio de peito, guardada as devidas proporções, pode ser comparado ao ato de caminhar em terra firme. Isto porque o peso corporal da parte fora d'água, somado aos movimentos de saltitos, podem se aproximar ao peso do volume de água responsável pelo efeito do empuxo. Ou seja, existe o impacto e ação da gravidade.

O processo de construção e destruição do osso, respectivamente conhecido por osteoblasto e osteoclasto, assemelha-se ao processo de hipertrofia onde o músculo ao sofrer uma ação do estresse físico, reage produzindo hormônios anabolizantes (crescimento). Se o estresse for muito intenso pode ocorrer o efeito contrário conhecido por catabolismo. O osso precisa “sofrer” impacto e/ou pressão nas extremidades para a massa óssea ser estimulada.

Sabendo-se que os exercícios físicos com impacto estimulam hormônios anabolizantes, entre ele os sexuais, e que as células osteoblásticas, também são estimuladas pela ação hormonal, conclui-se o benefício dessas atividades.

Outro efeito fisiológico descrito na literatura é com relação ao estímulo elétrico nesse processo. Sendo a elasticidade uma das propriedades do tecido ósseo, as forças mecânicas geram uma corrente elétrica no mesmo sentido da força aplicada conhecida por propriedades piezoelétricas em função da presença de cristais de hidroxiapatita causando a migração dos osteoblastos. Ou seja, a ação mecânica gera corrente elétrica que atrai as células construtoras do osso. Daí a importância também da musculação e/ou ginástica localizada. Claro, a hidroginástica pode não ser a atividade mais indicada aos objetivos de "prevenção" da doença, mas para "fins terapêuticos" para as pessoas já acometidas, levando-se em consideração a segurança, é bem adequada. Na caminhada e na corrida entre outros exercícios com impacto, existe o risco de perda de equilíbrio, tropeços, quedas e a fratura, nesse caso com recuperação mais demorada. Caiu porque quebrou ou caiu e quebrou? A maioria dos casos de fratura de fêmur em função da osteoporose, descritos na literatura médica referem-se à primeira hipótese. Caiu porque quebrou.

Uma vez comprovada a melhora da densidade óssea, pode-se passar para a musculação sendo, por assim dizer, a segunda atividade na escala de segurança. O risco de quedas proveniente de choque com pessoas praticamente não existe, a intensidade é controlada e os aparelhos de hoje oferecem posição cômoda e equilibrada permitindo sobrecarga em grupos musculares isolados. Enfim, a saúde dos ossos depende de impacto, ação da gravidade, alimentação adequada e sol como vimos na semana passada.

Cartas para essa coluna:
Luiz Carlos de Moraes CREF/1 RJ 3529 - E-mail: lcmoraes@compuland.com.br

Para Refletir: “É melhor ser dono de uma moeda do que ser escravo de duas”. Provérbio grego.

Sobre a Ética: Pessoas de bem aprendem e ensinam educação. Quem não aprende por bem, por mal também não chega a lugar nenhum.


Obesidade Mórbida Aumenta 255% no Brasil


Outro artigo informativo sobre o crescimento da obesidade em nosso país e seus males, artigo informativo para você leitor conhecer um pouco dessa realidade assustadora que vem acompanhada do comodismo do homem moderno e seus maus hábitos alimentares, levando em consideração que obesidade é um assunto de utilidade publica que o governo também tem que fazer sua parte para evitar esse aumento.

Um aumento de 255% na prevalência da obesidade mórbida no Brasil - considerado “alarmante”, especialmente entre homens - foi um dos resultados encontrados no levantamento realizado pela pesquisadora Leonor Maria Pacheco Santos e equipe, do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília. A pesquisa incluiu os períodos de 1975-1976 (0,18%), 1989 (0,33%) e 2002-2003 (0,64%).

O trabalho é uma reanálise de inquéritos antropométricos nacionais sobre o assunto, divulgado neste mês de julho na publicação científica Obesity Surgery. Também foram utilizados dados sobre cirurgias bariátricas obtidos no Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponíveis online.

Segundo o artigo publicado, “houve uma taxa mais elevada no Sul nos dois primeiros levantamentos, mas a prevalência na região Sudeste aumentou constantemente, chegando a 0,77% em 2002-2003, alcançando o Sul”.

De acordo com dados divulgados, em 1999 o SUS passou a cobrir a cirurgia de obesidade mórbida e entre 2000-2006 o número de procedimentos aumentou seis vezes, chegando a 2500. As cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS estiveram concentradas em primeiro lugar na região Sudeste, seguida pela região Sul.

Os especialistas classificam como urgente a adoção de medidas preventivas em relação à epidemia de obesidade no país.

por Beth Santos


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mais exercício e menos remédio

Um estudo verificou que mulheres acima de 60 anos que praticam 150 minutos por semana de atividades físicas moderadas, como caminhadas, consomem menos remédios em comparação às que não têm o mesmo hábito.

Salientando que, a prática saudável de uma atividade física é de fundamental que o professor que esteja realizando-a seja devidamente preparado e tenha uma formação especifica, apesar de muitos professores de artes marciais se acharem capazes de ministrar aulas de sua arte, eles muitas vezes não tem a menor formação profissional na área de atividade física e isso é um risco para a saúde de quem busca a pratica saudável de uma atividade, independente do estilo de arte marcial seja a formação do seu professor, prefira a pratica da atividade física com um profissional com curso especifico (educação física, fisiologista do exercício, etc.).
A conclusão é de Leonardo José da Silva, no trabalho de mestrado “Relação entre nível de atividade física, aptidão física e capacidade funcional em idosos usuários do programa de saúde da família”, realizado na Universidade Federal de São Paulo com Bolsa da FAPESP.

Silva acompanhou 271 mulheres com idade acima de 60 anos que participaram do Programa de Saúde da Família, organizado pela Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

As participantes que cumpriram um programa de exercícios variados de no mínimo 150 minutos semanais apresentaram consumo de medicamentos 34% menor em comparação às mais sedentárias.

“Esse tempo mínimo de exercícios de 2,5 horas semanais é preconizado pela American Heart Association e pelo American College of Sports Medicine”, disse Silva à Agência FAPESP. Com menos de 10 minutos semanais de atividade física o indivíduo é considerado sedentário e entre 10 minutos e 150 minutos de exercícios por semana ele é categorizado como insuficientemente ativo.

Os resultados do estudo de Silva foram apresentados em maio no 3th International Congress Physical Activity and Public Health realizado em Toronto, no Canadá.
Silva contou com uma parceria entre a Unifesp e o Centro de Estudos de Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). Guiomar Silva Lopes, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp e orientadora de Silva, considera o programa oferecido pela cidade paulista aos idosos uma valiosa fonte de pesquisa. “Trata-se de uma população pequena e estável, o que facilita o acompanhamento dos participantes durante prazos mais longos”, disse.

As atividades físicas disponibilizadas incluem caminhadas, exercícios de aprimoramento de força muscular, equilíbrio, flexibilidade e capacidade aeróbica, do tipo, artes marciais, já que ela propicia todas as recomendações de forma moderada. Há também visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, nas quais os idosos são incentivados a praticar atividades físicas frequentes, como ir ao mercado ou fazer um passeio a pé.

O consumo de remédios das participantes da pesquisa foi avaliado por meio do cadastro da Secretaria Municipal da Saúde de São Caetano do Sul. Na base de dados estão registradas informações relevantes sobre todos os participantes do Programa de Saúde da Família, incluindo os medicamentos consumidos regularmente.

Economia de medicamentos

Segundo Guiomar, os resultados do estudo poderão subsidiar políticas públicas que incentivem a atividade física visando à prevenção e controle das doenças crônicas associadas ao envelhecimento, reduzindo despesas com medicações e internações.
“Podemos perceber a importância desse estudo ao constatar que o idoso consome, no mínimo, cinco medicamentos associados a doenças ligadas ao envelhecimento”, disse a orientadora.

A relação causa e efeito entre atividade física e consumo de medicamentos ainda está sendo estudada. A redução dos níveis de pressão arterial proporcionada pela atividade física é uma das hipóteses levantadas pelo estudo de Silva, uma vez que a doença é uma das mais comuns entre a população idosa, estando presente em mais da metade das pessoas acima de 60 anos.

O diabetes, com prevalência de 25% entre idosos, é outra enfermidade afetada pelo nível de atividade física. “Há estudos indicando que exercícios respiratórios aumentam a sensibilidade do organismo à insulina”, comentou a professora da Unifesp.
Esse efeito é importante para as pessoas em cujos organismos a insulina não atua de maneira eficiente. “A resistência à insulina tem alta prevalência na população idosa e se caracteriza pela menor resposta à insulina, com aumento discreto da glicemia e da insulinemia. Estes fatores juntos contribuem para a obesidade e o aumento do risco de doenças cardiovasculares”, disse.

As mulheres são as que mais se beneficiam da prática de atividades físicas, no caso levantado em São Caetano do Sul. Guiomar conta que a pesquisa se restringiu ao público feminino porque ele representa a grande maioria dos participantes do programa.

A professora ressalta que não são completamente conhecidas as razões que levam a menor participação masculina nessas atividades. “Sabemos que a mulher tem expectativa de vida um pouco maior do que a do homem, aumentando a freqüência de mulheres viúvas e sozinhas, porém esse fato não explica a absoluta ausência masculina”, disse.

Segundo Silva, o estudo destaca o fortalecimento da medicina preventiva, área que se encontra em crescimento e tem laços com a educação física. “A prescrição de medicamentos ainda é preponderante na prática médica. Podemos diminuir esse consumo de remédios com métodos de prevenção baratos e simples como a atividade física”, sugeriu.

Fonte: Agência FAPESP


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Benefícios com a prática do Kung Fu II


Kung Fu melhora qualidade de vida

O Wushu ou Kung Fu é uma modalidade chinesa de arte marcial que consiste na combinação de exercícios para aquecer, alongar e fortalecer a musculatura através de uma seqüência de movimentos específicos para cada parte do corpo, podendo incluir treinamentos com bastão, espadas e outras armas.

De acordo com o terapeuta holístico, Rubens Gonçalves Pereira, presidente da Liga Uberabense de Kung Fu, além da defesa pessoal, a prática propicia um corpo saudável com músculos, ossos e articulações mais fortes, sendo muitas vezes uma indicação médica para o controle da obesidade, colesterol e glicose. A técnica só não é aconselhável para quem tem problemas cardíacos ou desvios sérios na coluna e nas juntas.

Rubens destaca que antes de chutes e socos, o Kung Fu trabalha o controle emocional e possibilita um relaxamento do corpo, sendo, por isso, recomendado para crianças, adultos e até mesmo pessoas da terceira idade.

No caso das crianças, Rubens avalia que os efeitos são bastante positivos, visto que, com a mente relaxada, é mais fácil se concentrar. "Isso influencia o desempenho na escola e até mesmo em outras atividades diárias", afirma.

Já os mais velhos podem utilizar a técnica no combate ao estresse, depressão, ansiedade e outros males que se difundiram por causa da atarefada vida moderna. "Tendo em vista o considerável número de disfunções posturais, dores nas costas e lesões por esforços repetitivos que acometem os trabalhadores em seu período ativo, Wushu Kung Fu é uma forma de prevenção e contribui para a melhoria da qualidade de vida do ser humano", finaliza.

Incentivando a paz. Quanto à violência, muitas vezes relacionada, por leigos, às artes marciais, Rubens pondera que o Kung Fu trabalha com a filosofia chinesa e, assim, incita à disciplina e ao equilíbrio. "Temos que ensinar nossos alunos o desenvolvimento da vida e do caráter. Luta é a última palavra voltada para o praticante dessa modalidade", garante.


Tai chi chuan é esperança como terapia para o derrame cerebral

Pacientes que sofreram AVC melhoraram equilíbrio e apoio do corpo.
Vantagem da técnica é que ela pode ser praticada sem supervisão.

Pesquisadores afirmam que a prática do tai chi é capaz de melhorar o equilíbrio de pacientes vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), reduzindo, dessa forma, o risco de quedas. Em artigos publicados na revista especializada "Neurorehabilitation and Neural Repair", pesquisadores relataram uma melhora nos voluntários após somente seis semanas de treinamento. A principal autora foi Stephanie S.Y. Au-Yeung, da Universidade Politécnica de Hong Kong.

Em pesquisas anteriores, um dos co-autores do artigo, Christina W.Y. Hui-Chan, descobriu que o tai chi melhorava o equilíbrio entre idosos. Já nesta pesquisa, os pesquisadores quiseram analisar se o mesmo efeito aconteceria entre pacientes com derrames. Eles usaram 136 pessoas que apresentaram AVC há seis meses ou mais, dividindo-os em dois grupos. Durante doze semanas, um grupo praticou exercícios gerais, e o outro uma versão modificada de tai chi.

O grupo do tai chi se encontrava uma vez por semana durante uma hora. Pedia-se que praticassem cerca de três horas por semana em casa. Enquanto o grupo dos exercícios mostrou pouca melhora no equilíbrio, o grupo de tai chi demonstrou ganhos significativos quando testado em troca de peso do corpo, alcance de objetos, e o quão bem eles conseguiam manter a estabilidade numa plataforma em movimento, como no caso de um ônibus.

Segundo os pesquisadores, o benefício do tai chi é que, uma vez dominadas as formas, elas podem ser feitas sem supervisão. Ainda assim, eles afirmam, alguns pacientes interromperam suas práticas depois do fim do treinamento. Eles poderiam ter mais chances de continuar melhorando se o tai chi fosse disponibilizado em locais como centros comunitários.

Públicado: Site CONFEF


Artes Marciais poderiam ajudar idosos com osteoporose

Você não recomendaria a idosos com osteoporose a prática de artes marciais, certo? Pode parecer algo sem lógica alguma, mas cientistas holandeses indicariam, sim. É que um estudo divulgado na publicação BMC Research Notes indica que dominar as quedas controladas do kung fu e do caratê, por exemplo, ajudaria a prevenir fraturas de quadril.

Os pesquisadores calcularam a força de impacto durante exercícios de queda em um grupo de voluntários jovens e saudáveis. Em seguida, compararam os resultados com as informações conhecidas sobre quanto os pacientes com osteoporose poderiam suportar.

Brenda Groen, da Universidade de Vrije, de Amsterdam, Holanda, disse ao jornal Daily Mail que a atividade seria segura para os idosos com ossos frágeis se usassem protetor de quadril, evitassem cair de frente e as quedas ocorressem sobre um colchão grosso. Ainda explicou que os primeiros testes não foram realizados em pessoas com osteoporose por razões obvias de segurança.

A especialista britânica Juliette Brown, da Sociedade Nacional de Osteoporose, afirmou que é muito cedo para os idosos tomarem aulas de artes marciais porque a pesquisa não avaliou o impacto diretamente nos pacientes. Portanto, mais investigações seriam necessárias antes de a prática ser recomendada.

Públicado: Patricia Zwipp no portal saúde.terra.com.br

Todos os artigos postados nessa sessão são referentes a pratica das artes marciais de maneira não competitiva, visando a pratica da modalidade no questão referente a manutenção da saúde em suas diversas formas, sendo todas as modalidades citadas desempenhadas por profissionais sérios com formação devidamente reconhecida junto as entidades nacionais. Espero que gostem dos conteúdos.



domingo, 4 de julho de 2010

Saúde e Exercicíos Físicos I

Nesta sessão de Saúde e Exercicíos Físicos, trago 2 importantes artigos sobre o tema, espero que gostem e façam um bom uso dessas dicas para a manutenção da saúde de vocês caros leitores.

Os Benefícios da Atividade Física

A idéia dos benefícios associados à prática esportiva, infelizmente, sempre teve uma conotação de acarretar certo grau de sofrimento. Este conceito com certeza foi responsável pela falta de um "entusiasmo coletivo" quanto à prática de atividade física pela população em um sentido mais abrangente.

As pesquisas de natureza epidemiológica realizadas ultimamente em todo o mundo felizmente apontam uma nova e promissora realidade. Segundo estes novos conceitos, nós devemos diferenciar quatro níveis de classificação quanto aos hábitos regulares de atividade física.

O nível 1 caracteriza indivíduos efetivamente "sedentários", sem nenhuma prática regular de exercícios. O nível 2 corresponde a indivíduos que gastam de 1.500 a 2.000 calorias por semana com algum tipo de atividade física. Estes indivíduos nós poderíamos chamar de "pouco ativos", sendo que este gasto calórico equivale à cerca de 30 minutos de exercício 5 vezes por semana. O nível 3 seriam os indivíduos considerados "muito ativos", cuja atividade física habitual corresponde ao praticante regular de algum tipo de atividade esportiva com nível de intensidade compatível com o de um indivíduo treinado. O nível 4 corresponde aos atletas com alto nível de treinamento, e portanto praticantes dos chamados esportes de alto rendimento.

Com base nesta divisão, o novo conceito que se estabelece é quanto a enorme diferença na incidência de doenças determinantes de um maior risco de vida entre os indivíduos dos grupos 1 e 2, ou seja, entre os "sedentários" e os "poucos ativos".

O indivíduo "pouco ativo" pode se beneficiar de maneira significativa de um pequeno investimento quanto a mudança de hábitos. Os 30 minutos de exercícios diários podem inclusive ser divididos em três períodos de 10 minutos por dia.

Estes exercícios podem ser das mais diferentes modalidades, e não necessariamente um esporte. Andar, pedalar, dançar, nadar, subir escadas lentamente podem ser opções interessantes.

Em resumo, os benefícios de natureza preventiva não precisam estar associados a sofrimento. O exercício pode ser leve e dividido em pequenas doses diárias!

Fonte: Prof. Dr. Turibio Leite de Barros Neto


Exercício rápido e vigoroso combate o estresse

Investir em períodos curtos de exercício vigoroso - do tipo que faz você suar e aumenta seus batimentos - pode ajudar a amenizar os efeitos devastadores que o estresse tem sobre o envelhecimento celular, de acordo com um novo estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

A atividade física é responsável por reduzir um dos principais aspectos do envelhecimento celular: o encurtamento dos telômeros. Os telômeros são partes de material genético que se parecem com caudas e ficam nas extremidades das nossas células.

No estudo, 63 mulheres idosas saudáveis foram divididas em dois grupos, o de sedentárias e o de ativas, com base em seus níveis de exercício durante um período de três dias. Muitas das mulheres eram cuidadoras de cônjuges ou pais com demência - o que indicava níveis de estresse.

Foi concluído que as mulheres que exerceram uma atividade física vigorosa breve - pelo menos 40 minutos durante o período estudado - tinham telômeros mais longos do que suas colegas inativas. Os autores concluem que 13 minutos de exercício vigoroso diário parece ser a quantidade mínima para obter esses benefícios.

Além disso, o estresse é ruim para o coração e faz você ficar cansado e abatido, tornando o organismo mais vulnerável a infecções. O tratamento psicológico e psiquiátrico do estresse é tão importante quanto 75 minutos de atividade vigorosa ou 150 minutos de atividade moderada, além de exercícios de levantamento de peso a cada semana, de acordo com os pesquisadores.

Já para afastar o perigo da hipertensão, aposte nas caminhadas. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, comprovou que a caminhada reduz a pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém nas 24 horas subsequentes.

Fonte: Minha Vida



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Benefícios com a prática do Kung Fu

Inúmeros são os relatos de pessoas que após iniciarem sua prática no Kung Fu sentiram-se melhor, com mais energia e disposição. Descobrem mais tarde que tiveram suas taxas de colesterol ou triglicérides reduzidas. Não sentem mais preguiça para fazer o que é necessário e nem cansam mais tão facilmente para subir um pequeno lance de escada.

O Kung Fu como arte marcial tradicional chinesa preza principalmente pela qualidade de vida do praticante. É claro que faz parte do treinamento o desenvolvimento de técnicas de defesa pessoal, chutes, alongamento e desenvolvimento da energia vital. E entre os benefícios sentidos no dia a dia está o aumento do bem estar geral, do tônus muscular e da tranqüilidade mental do indivíduo.

A prática constante do Kung Fu numa escola bem estruturada pode ser feita por qualquer pessoa, não importando o sexo, a idade ou o nível de condicionamento físico do aluno iniciante. As aulas podem ser adaptadas para qualquer um praticar Kung Fu, só depende da boa vontade e experiência do instrutor.

O Kung Fu surgiu há mais de 4000 anos na China. Esta arte marcial oferece o equilíbrio perfeito entre técnicas poderosas de defesa pessoal, filosofia oriental, fitness, tradição e respeito próprio e ao próximo.

O Kung fu foi trazido para o Brasil no final da década de 60 por imigrantes chineses e vem se desenvolvendo a cada ano que passa, podendo ser treinado por todos, homens, mulheres, crianças e até idosos. Com a prática freqüente do Kung Fu o praticante pode logo perceber a melhora em seu estado físico, mental e espiritual.

Alguns dos benefícios propiciados pela sua prática são:

• Melhora a atenção e senso de percepção;
• Auxilia a ampliar o senso de espaço e direção;
• Aprimora os reflexos;
• Melhora o equilíbrio;
• Auxilia no fortalecimento do corpo;
• Auxilia na coordenação motora;
• Permite a interação com outros praticantes incentivando a inclusão social;
• Proporciona o auto-conhecimento;
• Prepara o praticante para a transposição de dificuldades;
• Permite o praticante perceber que nada é impossível;
• Estimula a autoconfiança;
• Auxilia no melhoramento do equilíbrio emocional;
• Incentiva a paz e harmonia; e
• Não incentiva a violência.

Claro que outros benefícios podem ser obtidos, mas para isso é necessário está sendo orientado por um professor devidamente qualificado e que entenda bastante sobre exercícios físicos, por exemplo, um professor de educação física ou alguém que tenha algum tipo de especialização na área de atividade física.

Porém pode ser muito perigoso fazer uma atividade física com alguém que não entenda do assunto, que não esteja familiarizado com os limites do corpo de maneira saudável, por isso questione o professor com perguntas, não fique com dúvidas, se ele for realmente o que diz ser saberá lhe responder.

A pratica de atividades físicas com pessoas despreparadas é um risco muito grande para sua vida caso você caia nas mãos de pessoas despreparadas (é comum professores de artes marciais acharem que são aptos) e o que era para ser bom pode se tornar um pesadelo, procure saber a procedência e a veracidade de sua formação.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Qi Gong (Chi Kung) Parte 2

Divisão histórica documentada

A história Chinesa do Qi Gong pode ser dividida em três grandes períodos de acordo com os registros escritos:

Período de introdução do I Ching (Yi Jing) - o Livro das Mutações, um pouco antes da

Dinastia Chou (1150-249 a.C.)
Período da introdução do Budismo – com forte influência da Índia por volta de 206 a.C., havendo assim uma mistura das práticas de meditação e de Yoga misturando-se ás técnicas do Qi Gong . A essa mistura se da o nome de Qi Gong Religioso.

Período do descobrimento da prática do Qi Gong com intuito de desenvolvimento marcial, para lutas, na época da dinastia Liang (502 - 557 d.C.), sobre esse último período há grande discussão entre as classes da China, cujo os documentos relatam de que os povos antigos já se utilizavam de treinos de Qi Gong para desenvolver ferramentas com o intuito de defender-se de animais e inimigos. No entanto, os primeiros registros de um sistema de Qi Gong marcial aparecem somente nos tratados dessa época.

Abrindo as portas fechadas

No inicio do século XX d.C. teve fim a época onde os treinos do Chi Kung que ainda eram mantidos em segredo. O motivo que levou ao fim desse confinamento foi o medo dos mestres de que a arte se perdesse como estava acontecendo com muitas práticas e tradições na época. Com os portos abertos e com a influência de outros povos essas práticas começaram a correr o risco de desaparecerem, então o Qi Gong começou a ser mesclados com práticas da Índia, Japão e outros países.

A prática do Chi Kung foi realizada durante muito tempo a portas fechadas, tanto as técnicas de elevação espiritual quanto para desenvolvimento marcial. Eram ensinadas de mestre a discípulos cuidadosamente escolhidos, normalmente de pai para filho.

A prática do Qi Gong e das artes antigas têm crescido muito no Brasil e no mundo, graças ao fato de que atualmente foi reconhecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e aprovado pela medicina ocidental como uma das terapias da MTC (Medicina Tradicional Chinesa) de grande valor para a recuperação de doentes e prevenção de doenças, sendo inserida em grande parte dos hospitais principalmente das grandes metrópoles, onde os resultados já estão mais do que comprovados.

Categorias de Qi Gong
1. Qi Gong dos eruditos
2. Qi Gong dos médicos
3. Qi Gong dos artistas marciais
4. Qi Gong dos monges ou religiosos

A Escola dos Eruditos

A escola dos eruditos era formada pelos Confucionistas e Taoistas. Os seguidores de Confúcio (séc VI a.C.) pregavam harmonia, paz, suavidade sinceridade, justiça e sinceridade, tendo como principal objeto de estudo os sentimentos humanos e a humanidade com sua forma de organização. Os Taoistas eram os seguidoresLao Tzu (Séc.VI aC) baseando-se no clássico da moralidade chamado Tao Te King que ao ser misturado com o budismo começou a ser tratado como religião.

Esses dois grupos acreditam que muitas doenças são causadas por desequilíbrios mentais e emocionais. E que o corpo humano está diretamente interligado entre si. Quando a mente não está bem, o corpo e o espírito também não estão. Esse tipo de Qi Gong tem a função de equilibrar o indivíduo de forma que ele possa se tornar uma pessoa correta e equilibrada. O principal exercício dessa escola é uma meditação chamada de “sentar na calma”, onde o praticante se senta confortavelmente e fica em silêncio.

A Escola dos Médicos

Na sociedade da China antiga a maioria das pessoas e dos imperadores respeitavam os eruditos e a sua filosofia, seguindo seus princípios. Porém os responsáveis pela manutenção da saúde e cura, os “curandeiros” (médicos) não eram bem vistos, porque eles faziam seus diagnósticos através de toques no corpo do doente, e eram por isso, considerados como classe baixa na sociedade.

Apesar dos médicos desenvolverem uma sofisticada e eficiente ciência na arte de cura eles eram desprezados e desrespeitados, mesmo assim continuaram suas pesquisas e estudos sobre as formas de se curar uma enfermidade. Esses estudiosos foram chegando á conclusão que praticar somente a meditação silenciosa para regular o corpo e a mente não era suficiente para curar o corpo; eles acreditavam que para aumentar a circulação do chi seria necessário encontrar alguma forma de gerar uma quantidade grande de Qi e depois movê-lo para desbloquear o corpo. Através da observação eles notaram que as pessoas que se movimentavam mais se exercitando, como os trabalhadores do campo, pessoas que dançavam, pessoas que riam e pessoas que se divertiam movendo o corpo tinham mais resistência e de alguma forma ficavam menos doentes.

Começaram então a testar diversos tipos de movimentos, e mediam a energia dos órgãos antes e depois dos movimentos. Assim puderam observar que movimentos específicos ativam o Qi em órgãos específicos.

Depois de algum tempo estudando e pesquisando, os médicos chineses encontraram os exatos movimentos que poderiam auxiliar na cura e até mesmo curar doenças, descobrindo também que a enfermidade num primeiro momento se deve á falta ou excesso de Qi num órgão, e só depois de um longo tempo sem energia é que os órgãos físicos são afetados. Se esse problema não for corrigido, o órgão adoecerá e irá aos poucos se degenerando, tornando a enfermidade cada vez mais difícil de ser sanada.

O Qi Gong praticado pelos médicos tem como principal objetivo a prevenção e cura de doenças tendo como recurso também o Qi Gong terapêutico, o Tao Qi, as técnicas de proteção, de purgação, e de limpeza de energia. O Qi Gong é apenas uma parte da medicina chinesa sendo as ervas medicinais, acupuntura, moxibustão e principalmente a massagem os maiores métodos de cura desse sistema.

A Escola dos Artistas Marciais

Os indícios mais remotos de Qi Gong marcial datam da dinastia Liang (502 - 557 d.C.) no Mosteiro Shao Lin durante a depois Bodhidharma ensinou os exercícios do legado de transformação dos músculos e tendões (Yi Jin Jing).

Quando os monges treinaram essa sequência de movimentos percebiam que não apenas melhoravam sua saúde como também aumentavam o poder de suas técnicas marciais. Desde essa época até os dias de hoje muitos estilos marciais desenvolveram conjuntos de Qi Gong para aumentar sua efetividade.

Existem duas divisões nesse tipo de Qi Gong:
Wai Dan – o elixir externo: que visa fortalecer os músculos concentrando a energia na parte externa dos músculos e é um caminho do exterior para o interior.
Nei Dan – a energia fortalecer primeiro o interior do praticante. Esse caminho demora mais pra atingir os músculos e estruturas externas do corpo. É o caminho do interior para o exterior.

A Escola dos Religiosos para a iluminação

Esse tipo de Chi Kung sempre foi mantido em total segredo e apenas neste século começou a ser revelado aos leigos. Na China os praticantes de Qi Gong religioso incluem Taoistas e Budistas. Eles procuram formas de se livrar do sofrimento humano e escapar do eterno retorno, buscando se livrar do “fardo” que todo ser vivo carrega. Acreditam que todos os sofrimentos humanos são causados pelas emoções e desejos e pela incapacidade de lidar com eles, causando assim todos os desequilíbrios.
Os praticantes treinam para fortalecer seu Qi interno nutrindo assim seu espírito para atingir os mais elevados estágios de consciência.
Por mais de dois mil anos os Budistas Tibetanos, os Budistas Chineses e os Taoístas tem seguido os mesmos princípios transformando-se nas três maiores escolas do Qi Gong religioso.

Chi Kung Budista Tibetano

Os povos tibetanos foram influenciados tanto pelos chineses quanto pelos indianos. Com o passar do tempo, desenvolveram seu próprio tipo de QiGong, e sua própria escola de Yoga, a Yoga Tibetana.

Os monges e professores tibetanos são chamados de Lamas, e muitos deles também aprenderam artes marciais e artes para defesa pessoal, e acabaram mesclando com as artes antigas que já haviam desenvolvido anteriormente.

O sistema de meditação, QiGong e Yoga Tibetana recebem o nome de MIH TZONG, que corresponde ao que na Índia se chama de Tantra Yoga Superior. Ao se misturar com as técnicas taoistas recebe o nome de Miao Tong Dao, que significa “estilo secreto”. Devido ás diferenças de idioma existem poucos documentos sobre isto na China. O Chi Kung Tibetano e as artes marciais do Tibet, não foram ensinados na sociedade chinesa, até o final da dinastia Ching (1644 -1911d.C.).


domingo, 2 de maio de 2010

Qi Gong (Chi Kung) Parte 1

Artes corporais chinesas

Os povos antigos dançavam, cantavam e se nutriam da natureza, estabelecendo um contato direto com ela. Dessa relação é que vinha toda a sabedoria desses povos que dessa forma tentavam viver em harmonia uns com os outros e com todos os seres que aqui habitavam.
Entretanto alguns homens começaram a se afastar do seu estado natural começando um ciclo de desordem. O ser humano tem poder para unificar as energias que habitam o céu e que habitam a terra, e desta forma causar uma transformação dessas duas energias, quanto mais distante do seu estado natural, mais caos será gerado.

O caos nada mais é do que uma manifestação da natureza (representado pelos chineses na forma de Yin Yang), toda vez que algo está fora de seu estado natural, algo acontece para tentar restabelecer o equilíbrio.

As artes corporais mais conhecidas nos dias de hoje e a cultura chinesa surgem ao mesmo tempo e originam-se dessa vivência do ser humano e da relação que ele estabeleceu com a natureza.
Os fundamentos foram estabelecidos na era dos três imperadores lendários (2852-2205 a.C.), e a tradição oral se encarregou de transmitir e desenvolver práticas corporais baseadas nestes fundamentos. Na dinastia de Primavera/Outono, iniciada em 770 a.C., começa um esforço dos mestres e médicos, na compilação e síntese dos conhecimentos relativos à cura, bem estar, prevenção de doenças e práticas existentes até aquela época.
O resultado desta síntese é o clássico “Tratado de Medicina do Imperador Amarelo” o qual foi concluído na dinastia Han (206-220 a.C.). Este livro clássico da Medicina Tradicional Chinesa destaca a função das práticas corporais na prevenção e recuperação de doenças, e, na manutenção de uma vida saudável e duradoura.

Assim surge o que nos dias de hoje chamamos de QiGong.

O que é Chi ou Qi?

As células do corpo humano basicamente necessitam para se manter e fazer suas reações de glicose + 602 que reagem e produzem 6H2O + 2CO2. Nessa reação existe a liberação de 686 Kcal e esse calor que é liberado cria em nosso corpo um sistema bioelétrico, que os chineses chamam de Qi.

Esse calor circula no corpo e fora dele e aquece nosso corpo. É justamente pelo Qi ser produzido por essa reação química que ele acompanha também a circulação de oxigênio do corpo, que é carregado pelo sangue.

Esse sistema bioenergético é o que colabora e ajuda nas sinapses das células nervosas ao longo do corpo, carregando as informações de como nosso corpo se sente e do que necessita até o cérebro. Quanto mais Qi circulando no corpo, maior o nível de percepção corporal e de quais são suas carências. Quanto mais energia nosso corpo tem, menos reações ele precisa fazer, e mais fácil é evitar doenças e qualquer tipo de mal estar.

Em chinês antigo o ideograma Chi era formado por duas palavras: o nada acima do fogo, “sem fogo”. Os antigos praticantes das artes de manipulação de energia (ainda não chamado de Chi Kung ou Qi Gong) procuravam equilibrar dentro do seu corpo o Qi Yin e o Qi Yang evitando assim que seus órgãos pegassem fogo ou ficassem muito frios. Acreditavam que cada órgão tinha uma quantidade exata de energia para funcionar bem, então começaram a buscar o estado de “sem fogo”, que é o alcance dessa quantidade exata de energia.

O que é Chi Kung ou Qi Gong?

Chi Kung é a arte de manifestar, manipular e dominar energia e que, em tradução literal significa “trabalho com o sopro ou calor da vida”. Um dos principais objetivos do Chi Kung é desenvolver o autoconhecimento, tornando o praticante capaz de evitar e curar doenças e desenvolver algumas habilidades especiais. O termo Chi Kung é relativamente recente e começou a ser utilizado somente em meados do século XX, sendo atualmente uma referência a múltiplos exercícios e sistemas de meditação com intenção de desenvolver “força” (física, energética, mental e espiritual), e também para fins terapêuticos, utilizando a energia que circula pelo corpo, conhecida como Chi ou Qi.

Kung (Gong) quer dizer trabalho, esforço, alguma forma de desenvolvimento. Sendo assim: Chi Kung (Qi Gong): trabalho com a energia Qi.

Assim, a correta definição de Chi Kung é: "Qualquer treinamento ou estudo relativo ao Chi que requeira tempo e esforço”.


terça-feira, 30 de março de 2010

Ip Man Wing Chun Tradicional



Wing Chun (literalmente, "Canção à Primavera"), também romanizados como Ving Tsun ou "Wing Tsun" (e às vezes passa com os personagens de "eterna primavera") é uma arte marcial chinesa que se especializa em combates agressivos a curta distância.

Wing Chun foi originalmente transmitida de professor para aluno oralmente, em vez de através de documentação escrita, o que torna difícil confirmar ou clarificar as contas diferentes da sua criação. Alguns têm procurado aplicar os métodos de maior crítica à história oral de Wing Chun e outras artes marciais chinesas. Outros tentaram discernir as origens do Wing Chun, determinando o fim específico de suas técnicas. Menciona o início da arte apareça na documentação de terceiros independentes, durante a era do Wing Chun mestre Leung Jan, tornando a sua história subseqüente e divergência em vários ramos mais propícios a verificação documental.

A lenda comum envolve a jovem Yim Wing Chun na época após a destruição do Shaolin do Sul e seus templos associados pelo governo Qing. Depois de Wing Chun rejeições oferecer o senhor da guerra local do casamento, ele diz que vai anular a sua proposta, se ela vencê-lo em uma luta de arte marcial. Ela pergunta a uma abadessa budista Ng Mui, que foi um dos sobreviventes Shaolin, para ensiná-la a lutar; este estilo ainda sem nome permite que Yim Wing Chun derrote o comandante. Ela se casa depois Leung Bac-Chou e ensina-lhe o estilo, que ele chamou de Wing Chun em homenagem para ela.
Note-se que o sistema foi desenvolvido durante o Shaolin e movimento de resistência contra a dinastia Ming Qing, e, portanto, muitas lendas sobre o criador de Wing Chun foram distribuídos para confundir o inimigo, incluindo a história de Yim Wing Chun. Isso talvez explique por que ninguém foi capaz de determinar com precisão o criador ou criadores de Wing Chun.

Ip Man (Yip Man) escreveu o seguinte relato das origens do Wing Chun:

- O fundador do sistema Wing Chun Kung Fu, senhorita Yim Wing Chun era uma nativa de Cantão na China. Ela era uma menina inteligente, atlética, honesta e sincera. Sua mãe morreu logo após seu noivado com Leung Bok Chau, um comerciante de sal de Fukien. Seu pai, Yim Yee, foi injustamente acusado de um crime e, em vez de ir para a prisão, fugiu e estabeleceu-se no sopé da montanha Tai Leung, perto da fronteira entre as províncias Yunan e Sichuan. Lá eles ganharam a vida com uma loja de feijão e requeijão.
Durante o reinado do Imperador K'Anghsi da Dinastia Ching (1662-1722) Kung Fu tornou-se muito forte no Mosteiro Lam Siu (Shaolin). Sung, na Província de Honan. Isto despertou o temor do governo Manchu, povos não-chineses da Manchúria no Norte, que governou a China nesse tempo, que enviou tropas para atacar o Mosteiro. Embora eles não tivessem sucesso, um homem chamado Chan Wai Man, um funcionário recém-nomeado civil buscando favor com o governo, sugeriu um plano.
Traçou com um monge de Siu Lam Ma Ning Yee e outros que foram persuadidos a trair seus companheiros por atear fogo ao mosteiro, enquanto os soldados atacaram a partir do exterior. Siu Lam foi queimado, e os monges e discípulos dispersos. Budista abadessa Ng Mui, Abbot Chi Shin, Abbot Pak Mei, mestre Fung To Tak e mestre Miu Hin escaparam e foram para seus caminhos separados.

Ng Mui refugiou-se Monte do Templo da Garça Branca. Tai Leung Har. Foi lá que ela conheceu Yim Yee e sua filha Wing Chun, de quem muitas vezes ela comprou queijo de soja em seu caminho para casa do mercado. Aos quinze anos, com os cabelos presos em um costume da época para mostrar que ela estava em idade de casar, a beleza de Wing Chun atraiu a atenção de um valentão local. Ele tentou forçar Wing Chun se casar com ele, e sua contínua ameaça tornou-se uma fonte de preocupação para ela e seu pai. Ng Mui soube disso e teve pena de Wing Chun. Ela concordou em ensinar Wing Chun técnicas de luta para que ela pudesse se proteger.
Wing Chun seguido Ng Mui para as montanhas, e começou a aprender Kung Fu. Ela treinou noite e dia, até que ela domina as técnicas. Então ela desafiou o valentão.

Ng Mui viajou depois por todo o país, mas antes que ela deixou, ela disse Wing Chun estritamente honrar as tradições de Kung Fu, para desenvolver seu Kung Fu após o casamento, e para ajudar as pessoas que trabalham para derrubar o governo Manchu e restauração da dinastia Ming.
Após seu casamento Wing Chun Kung Fu ensinado a seu marido Leung Bok Chau. Ele, por sua vez passou as técnicas para Leung Lan Kwai.

Leung Lan Kwai, em seguida, eles passaram para Wong Wah Bo. Wong Wah Bo foi membro de uma trupe de ópera a bordo de um barco, conhecido como o chinês Barco Vermelho. Wong trabalhou no barco vermelho com Leung Yee Tei.
Acontece que Abbot Chi Shin, que fugiu de Siu Lam, disfarçou-se de um cozinheiro e foi trabalhar no Barco Vermelho. Chi Shin ensinou a seis e meio pontos técnicas bastão longo de Leung Yee Tei. Wong Wah Bo foi de cerca de Leung Yee Tei, e compartilhavam o que sabiam sobre Kung Fu. Juntos, eles compartilhado e melhorado as suas técnicas e, portanto, o bastão longo foi incorporado Wing Chun Kung Fu.

Leung Yee Tei passou a Kung Fu para Leung Jan, um médico conhecido de plantas medicinais, Fat Shan. Leung Jan agarrou os segredos mais íntimos de Wing Chun, atingindo o nível mais elevado de proficiência. Muitos mestres de Kung Fu vieram para desafiá-lo, mas todos foram derrotados. Leung Jan se tornou muito famoso. Mais tarde, ele passou a Kung Fu para Chan Wah Shan, que levou eu e meu irmão mais velho de Kung Fu, como Ng Siu Lo, Ng Chung Assim, Chan Yu Yu Min e Lui Jai, como seus alunos muitas décadas atrás.

Assim, pode-se dizer que o Sistema Wing Chun passou para nós em uma linha direta de sucessão de sua origem. Eu escrevo esta história do Sistema Wing Chun em memória do meu respeitoso precursores. Sou eternamente grato a eles para passar para mim as habilidades que já possuem. Um homem deve sempre pensar na origem da água que ele bebe, é este sentimento compartilhado que mantém nossos irmãos Kung Fu juntos.
Não é este o caminho para promover Kung Fu, e projetar a imagem do nosso país?
(Ip Man)

Breve relato do mestre Ip Man sobre a origem do Wing Chun.


domingo, 14 de março de 2010

Wing Chun

O estilo Wing Chun, aperfeiçoado por Yim Wing Chun, é um dos mais populares estilos de Kung Fu da China no mundo.

É um estilo que chegou até o grande Mestre Yip Man, um dos seus mais famosos expoentes.

Mesmo tendo Yim Wing Chun aprendido a arte de lutar com NG MUI, ela é reconhecida como sendo a verdadeira fundadora desta escola.

O sistema que aprendeu de NG MUI era muito pesado e de difícil forma para uma mulher; então, Yim Wing Chun começou a trabalhar de maneira a simplificá-lo. Suspendeu mais a posição do cavalo e sistematizou movimentos brandos e rápidos, como diretos de mãos, completamente adaptáveis à fragilidade feminina. Ao invés de se opor à força do oponente, move-se com ela, eliminando-a e quebrando o centro de potência e base do oponente.

Mesmo tendo sido desenvolvido por uma mulher, o estilo Wing Chun é agressivo, compacto, econômico em seus movimentos e deslocamentos, e profundamente defensivo. É possível bloquear qualquer ataque, anulando o espaço de ação e o centro de gravidade de quem ataca, sem ser necessário contra-atacar.

A árvore genealógica do Wing Chun é rica, mas, quem realmente concorreu para a sua popularidade e fama, foi o mestre-patrono do estilo YIP MAN de Hong Kong.

Yip Man representou esta escola até o ano de 1972, quando da sua morte aos 80 anos.
Tecnicamente o Wing Chun é bem original. É baseado na economia de movimentos; as posturas são naturais (nem altas, nem baixas) e descontraídas. Os movimentos são curtos, baseados no Box de Hung Liu (Mão curta) e freqüentemente em linha reta.

No Wing Chun as técnicas são dirigidas com as palmas, cotovelos colados ao corpo, propondo um contato estreito com o adversário.
Existem várias características no estilo Wing Chun que fortificam sua prática baseada na economia de movimentos, ou seja:

•Técnica ou teoria de linha central
•Técnica ou teoria da imobilidade dos cotovelos
•Teoria dos quatro cantos
•Chi Sao ou mãos esmagadoras
•Técnicas de imobilização das mãos, punhos, braços do oponente.
•Mãos agarradoras ou Lop Sao
A primeira forma do estilo Wing Chun é conhecida por Sil Lim Tao, que significa ‘Pequena Imaginação’. Esta forma ensina a posição correta do cotovelo, proteção à linha central do corpo e economia dos movimentos de ataque e defesa. Ela é executada numa base estacionária e executa todos os bloqueios e ataques sem dar um só passo. Isto ocorre para o fortalecimento da base (baixando o centro de gravidade do corpo sem baixar o próprio corpo).




sexta-feira, 5 de março de 2010

Mestre Duncan Leung


Nascido em Hong Kong em 18 de junho de 1942. Seu nome chinês é Leung Shiu Hung. Em 1955 ele foi apresentado por Bruce Lee ao Wing Chun, e se tornou o discípulo formal do Mestre Yip Man, completando todo o Sistema Applied Wing Chun de seu Sifu com aulas particulares.

Entre 1955 e 1959, ele participou de muitas partidas de Sao Gong (desafio), entre diferentes escolas em Hong Kong.

Em 1974, mudou-se para Nova York, E.U.A. e estabeleceu sua primeira escola de Wing em Nova Iorque. Nessa escola de mestres e alunos de Karate, Tae Kwon Do, Boxe, Muay Thai e outros estilos de Kung Fu chegavam à porta de casa quase que diariamente para desafiar Mestre Duncan, isso deu a oportunidade dele testar suas habilidades contra os diferentes sistemas e lhe proporcionou experiência prática valiosa.

Depois de um tempo ele criou o que foi chamado como o Locked Gate Match (partida de portões fechados). Em um jogo Locked Gate, Mestre Duncan aceitaria o desafio, mas que iria trancar a porta de escolas e o desafiante apenas poderia ir depois que vencesse ou perdesse. Mestre Duncan nunca perdeu um desafio.

Em 1975, a escola Duncan Leung foi convidada a participar no Full Contact Free Fight Championships no Madison Square Garden, em Nova York, seus alunos ganharam cada categoria que participaram.

Em 1976, Mestre Duncan Leung e sua família se mudaram para a Virgínia, após um convite das autoridades dos Estados Unidos para ensinar na Base Naval de Norfolk, onde ele instruiu as equipes Seal 2 e 4. Ele também ensinou o FBI, equipes da SWAT, etc.

Mestre Duncan Leung é talvez a última pessoa a ensinar o que é conhecido como Primitivo Wing Chun, onde o objetivo principal é a ênfase da eficiência e da lógica do conhecimento marcial.

Mestre Duncan Leung é o fundador da Applied Wing Chun. Seus métodos de treinamento exclusivo permitir que seus alunos a obter melhores habilidades de luta através do uso de Wing Chun REAL em situações de combate. Ele tem muitos alunos e discípulos de ensino em diversas áreas do mundo. Ele se aposentou do ensino ativo.




sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Arte Marcial: Aspectos importantes de legitimidade e da formação

“Chegado o dia da verdade, o homem descobre que tudo que aquilo a que dedicou seu tempo e recursos de nada valeram para seu crescimento, ao descobrir que andou sempre em círculos, a tendência natural é a frustração e a ira, estando frustrado e com raiva, o homem se acha fraco para buscar a verdade, então esse homem com certeza ira abandonar algum sonho que antes teve para si, fica em sua cabeça o sentimento que apenas perdeu tempo e assim por culpa de um mau professor, fala mal de vários bons professores por não acreditar mais em ninguém e também como forma de defender outras pessoas para que não caiam na mesma frustração que ele.”

Esse pequeno parágrafo por várias vezes foi o destruidor de sonhos e paixões de muitas pessoas, mas para que isso não volte a ser comum é necessário entender que as Artes marciais é algo muito importante em diversos aspectos da vida humana e também no aspecto cultural e filosófico, ela ajuda o ser humano a conhecer seus limites e vencer suas dúvidas sobre seu potencial, faz com que esse mesmo ser aprenda a ser mais autoconfiante e assim sendo se sente feliz e realizado.

Com a arte marcial você cuida da saúde física através de movimentos e exercícios necessários para a manutenção do corpo, e também cuida da saúde mental com aquisição de conhecimentos e qualidades básicas, mas para isso é necessário escolher bem quem será seu tutor, pois assim como na escola formal um mau professor que não se comprometeu com o ensinar por amor não ensinara um assunto claramente para o aluno, isso também acontece com os professores de artes marciais.

O grande mal das artes marciais talvez seja a pouca instrução do professor, muitos professores são formados em meses não passando por nenhuma provação pelo seu tutor, onde na maioria das vezes o mesmo está mais preocupado com o dinheiro que recebera e não com o tipo de profissional que estará inserindo no mercado.

Mas o professor de verdade ensina por amor à profissão, e vê que o dinheiro é apenas umas das conseqüências de sua dedicação na arte de lecionar algo e sendo assim por questões de necessidade uma forma de valorizar o seu trabalho, pois logo no inicio de sua aprendizagem o aluno tem que se imaginar na condição do professor e entender que ele ministra aula por diversos propósitos, e que a sua contribuição (pagamento) tem que ser dada em um aspecto mais além que a relação chefe/empregado, deixando abrangente que o professor por ter recebido uma contribuição mensal do aluno, o professor deve torna-se seu empregado e isso acontecendo os dois perdem, primeiramente perde o aluno, pois o professor dificilmente ira ensinar corretamente e em segundo lugar perde o professor, que ira perder o aluno que logo perceberá a má vontade do tutor em ensiná-lo mais e mais.

Por isso essa questão é muito delicada, pois quem ensina geralmente ensinar por amor a profissão, mas sentira tristeza e diminuirá seu afinco ao trabalho por ver que seu amor não é valorizado, seja por falta de condições de manter, pois o professor tem gastos como qualquer ser humano, seja por falta de respeito, pois se ele chegou até o nível que possui é por que ele mereceu e antes de ser professor ele respeitou o seu professor, nas artes marciais tradicionais, dificilmente alguém chega ao alto nível se não respeita ou valoriza os ensinamentos de seu tutor, pois ele mais do que ninguém saberá qual o melhor momento para o aluno avançar mais e mais e com qualidade que é o mais importante.

Por isso para os pais ou até mesmo os adultos que buscam uma arte marcial, tenham sempre como prioridade conhecer a formação do seu futuro professor, peça para ver documentação sobre a formação do professor naquele estilo, sua formação escolar, pois isso é muito importante já que se ele não a tem possivelmente ele não terá nada de bom para passar sobre diversas áreas de conhecimento, converse com ele, saiba dos seus planos e tente conhecer um pouco de sua vida, após esse primeiro contato, hora de ir às pesquisas, procure saber se o estilo que ele diz representar realmente o reconhece como representante, nesse aspecto a internet auxilia muito hoje em dia, também procure saber se aquele estilo é reconhecido nacionalmente e internacionalmente, isso lhe será muito útil se seu desejo for seguir carreira dentro da arte marcial, pois ela sem dúvidas é uma ótima profissão para intercambio, porém para isso será necessário trabalho duro e muita dedicação, além de muita paciência e carinho.

Jocerlan Brandão


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O Sifu

A palavra SIFU literalmente tem o significado de Professor-Pai, deixando evidente a grande responsabilidade com relação a seus alunos, em geral o SIFU é um homem dotado de muitas qualidades e sendo também portador de muitos conhecimentos em diversas áreas de interesse humano ou ate mesmo da natureza.

Na China muitas famílias ricas contratavam esses professores-pai para tomarem conta da educação de seus filhos, preparando-os para descobrirem o mundo e aperfeiçoarem suas qualidades naturais. Com o tempo ainda na china essa figura ficou definida como um mestre em artes marciais, cultura e filosofia.

Com o passar do tempo muitas pessoas procuraram o SIFU apenas para aprender Kung Fu, fazendo assim esse termo ser visto como marca registrada de pessoas que ensinava arte marcial, mudança essa natural, já que quase todo chinês era praticante de alguma arte marcial, a partir daí o SIFU foi perdendo um pouco do reconhecimento em outras áreas e por tendência a cultura modificou sobre a figura dessa pessoal, atualmente é difícil ver um SIFU autentico, pois por vaidade muitas pessoas usam o termo apenas por terem certo nível de formação em Kung Fu, podendo esse ser uns estilos tradicionais ou não, muitos desses SIFUS modernos, priorizam apenas a luta e esquecem da questão tradicional a respeito do termo ‘Professor-Pai’.

Um aluno (TODAI) no início do aprendizado, o relacionamento entre o SIFU e seus alunos ainda não é muito intenso, mas depois de muito tempo juntos, essa relação de confiança se desenvolve, podendo o aluno ser ou não aceito na família do SIFU por cerimônia BAI-SI, cerimônia essa que o aluno é aceito como discípulo (SIDAI) e passa a gozar de privilégios junto do SIFU, podendo ele representar o SIFU onde quer que vá, e dessa forma honrar tanto o seu nome quanto sua família e estilo aprendido, partindo daí que ninguém tem dois pais, fica claro que não poderia ter dois SIFU, por isso é tão difícil ser aceito por um SIFU na cerimônia BAI-SI, pois para isso o SIFU tem que conhecer bem seu discípulo, podendo o mesmo as vezes ser mal visto pelos demais alunos depois de escolher seus SIDAI, claro que o SIFU escolhe quantos discípulos esse quiser.

O termo SIFU não deve ser visto como um título por tempo de treino ou por ser bom lutador, geralmente um SIFU é sempre um discípulo que foi aceito na família, pois no Kung Fu tradicional não comercial, o SIFU nasce de outro SIFU depois que esse se torna SIHING, que é quando o SIFU define que seu discípulo pode cuidar de seus próprios TODAI, depois que o SIFU ver que seu SIHING tem nível suficiente (técnica apurada, caráter inabalável, conduta e ética), o SIFU torna seu SIHING em SIFU, que seria o mesmo que dizer, “agora você está pronto para ter sua própria família”, tornando-se assim o SIFU um SIGUNG, tanto para o novo SIFU como para seus TODAI ou SIDAI, fazendo assim o novo SIFU criar sua própria família, família essa que sempre carrega o nome do SIGUNG como forma de respeito.

O lanço entre SIFU e discípulo as vezes tornam-se tão grande que o SIFU sacrifica sua vida por amor ao discípulo e contra partida o discípulo também pelo SIFU, assim como uma pessoa que faz algo com amor e carinho pelo outro, pedindo apenas o mesmo em troca, a relação SIFU e discípulo nunca é comercial, mas o discípulo entende que o SIFU tem necessidades e o discípulo ajuda não para pagar pelo conhecimento adquirido e sim como uma forma de contribuir para a sobrevivência e qualidade de vida de seu SIFU, em resposta o SIFU ajuda seu amado discípulo com o que pode.

Sihing Jocerlan Brandão


sábado, 2 de janeiro de 2010

As classes de ‘Mestres’ de Artes Marciais

Um pequeno relato sobre a realidade e incompetência de muitos charlatões que se dizem mestre ou professores de artes marciais, sendo que Artes Marciais tem como significado, Artes da Guerra.

Para ser praticante de artes marciais é necessário entender o que é a arte marcial, me deparo constantemente com pessoas que falam: eu sou lutador de artes marciais, citando estilo X ou Y.

Porém quando pergunto quantas lutas ela tem a resposta sempre é decepcionante, pois quase sempre é: “nenhuma” e complementa “faço tal arte não para lutar e sim para não lutar”. O que para mim é o mesmo que: “não sei lutar, mas faço uns movimentos sem sentido muito legais.”.

A realidade é que toda arte marcial é para lutar e expor seu corpo ao limite de sua resistência e ao exibicionismo de suas habilidades e perícias, pois não dar para saber que uma fruta é doce, se não provarmos.

Certa vez perguntei para um praticante de um estilo frustrado (defino assim criadores de estilos sem aptidão alguma em nada que inventam estilos por terem falhado em seus estilos iniciais por serem realmente ineptos), se o mesmo costumava lutar nessa modalidade, rápido e decorado ele me falou:
Eu não sou lutador, sou um guerreiro, (complementando ainda com uma belíssima explicação), Lutadores, lutam! Guerreiros sobrevivem as diversidades do dia a dia.

Pensei que talvez o professor dele não tenha muita noção disso que ele ensina aos seus alunos, pois ao desafiar um professor da mesma modalidade, tive meu duelo devidamente podado por essa mesma frase... Mas a questão real seja que, qual a diferença de um lutador para um guerreiro, sendo que talvez usar o termo guerreiro explicite de uma forma mais clara a intenção de combatividade, já que guerreiro é uma pessoa que participa de guerras.

Tem também aqueles que sempre dizem, meu tempo já passou, hoje em dia eu sou o mestre, não luto mais, ou então usam a desculpa, “Ah! Volte daqui a um mês, pois eu não estou pronto”.

Penso que um mestre não seria aquela pessoa que deveria está sempre pronta? Pois o mesmo alcançou a maestria ou perfeição em sua modalidade. Mas infelizmente, ser mestre é um titulo bonito que está sendo usado por pessoas sem a menor qualificação técnica ou filosofia, etc.

Perdendo ou ganhando não existe nada mais prazeroso que lutar, em especial quando você dedica boa parte de sua vida para isso, pois se escolheu artes marciais, imagina-se que seja uma pessoa que gosta de lutar. Entendendo que para lutar com alguém, não é necessário ser inimigo, os professores ou ‘mestre’ deveriam ensinar isso a seus alunos, pois muitos pensam que um desafio para troca de impressões ou conhecimentos seja uma afronta pessoal, que deve ser levada ao extremo.
Surgem então as estúpidas insinuações, atualmente muito usada pelos níveis mais baixos: “Nada se resolve mais com luta não, hoje em dia é na bala”. Até entendo que no Brasil, isso é banalizado, já que qualquer um pode ter uma arma ilegal.

Outra classe que para mim é a mais deplorável e baixa é a classe do “Meu estilo é melhor que o seu” ou “Treino o melhor estilo do mundo”, porém ele não participa de lutas, pois não tem nada que provar para ninguém.
Acho que essa seja a melhor maneira de não lutar, pois ainda afirmam que: “meu estilo é cristão” ou “Ele é o estilo da não violência, o lutar para não lutar”.

Eu até gosto do principio da não-violência pregado por Gandhi na Índia, mas talvez esses mestres que pregam essa sublime frase não tenham lido na realidade nada sobre Gandhi, em especial quando o mesmo deixa claro que a não-violência é um estado mental de controlar a sua violência em situações diversas, ou seja, adotar um estado de tranqüilidade diante de situações inesperadas. Bem, apesar de não acreditar muito nos preceitos de Gandhi, já que o mesmo usava figuras diferenciadas para suas bases filosóficas e tendo usado essa questão em um momento de desespero, pois sabia que era impossível a Índia se libertar com uso da força bruta, sábio ele nesse aspecto, pois foi mais pela questão de comover o resto do mundo com o sacrifício de alguns, no caso dele foi certo, afinal tratava-se de ser contra a Inglaterra.

Mestres mostrem um pouco de humildade, seja perdendo ou ganhando, revivam o espírito de lutador, sendo assim façam o que a profissão os dispõe a fazer, Lutar!

Ilustres lutadores que fizeram seu nome em artes marciais lutando:

Duncan Leung
Wing Chun – China
Seguindo a tendência de seu mestre Yip Man, constantemente colocava em prova sua eficácia em lutas, aceitando diversos desafiantes de diversas modalidades, tendo criado a Applied Wing Chun para preservar seu legado.

Bruce Lee
Jeet Kune Do/ Wing Chun – EUA
Famosos por seus filmes de Kung Fu, porém em suas lutas reais, que foram muitas, sempre usava o autentico Kung Fu Chinês para vencer seus adversários.

Helio Gracie e Carlos Gracie
Jiu-Jitsu – Brasil
Eles Encontraram nos desafios uma maneira de provar que seu estilo de luta era eficiente, promovendo vários duelos e tendo sido os precursores do Vale Tudo em Ringue.

Masutatsu Oyama
Karate – Coréia Meridional
Criando do Karate Kyokushin, seguia a tendência dos desafios, muito forte e poucas vezes derrotado fez solidificou seu nome no mundo através do Karate.

Kimbo Slice
Boxe de Rua – EUA
Criou fama brigando na rua topando lutar com qualquer um que aceitasse seus desafios, muito forte, porém adepto do bateu/apanha.